Diretrizes estratégicas do cooperativismo

Bem-vindo à página de diretrizes priorizadas do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo. Neste evento significativo, cooperativas de todo o Brasil se reuniram para debater, votar e definir as diretrizes que irão guiar o futuro do cooperativismo no país.

As diretrizes aqui apresentadas foram cuidadosamente selecionadas e organizadas por temas, refletindo os principais desafios e oportunidades identificados pelas cooperativas. Nosso objetivo é fornecer um roteiro claro e conciso para fortalecer o movimento cooperativista, promovendo a sustentabilidade, inovação e colaboração entre as cooperativas brasileiras. Navegue pelos temas e descubra as prioridades que irão moldar os próximos passos do cooperativismo no Brasil.


Comunicação

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS PRIORITÁRIAS

1. Definir públicos estratégicos, selecionar canais de comunicação e adaptar a linguagem para atingir todos os públicos de forma eficaz, acessível e inclusiva.

2. Promover ações de sensibilização e engajamento da comunidade escolar e da sociedade em geral sobre os princípios benefícios do cooperativismo, por meio de eventos, campanhas educativas e programas de educação continuada.


Demais Diretrizes

1. Alinhar o discurso em todo o cooperativismo, tendo como base o movimento SomosCoop, com uma linguagem simples e acessível.

2. Ampliar a presença do cooperativismo no mundo on-line investindo em estratégias de marketing digital.

3. Aprimorar as estratégias de comunicação do cooperativismo baseada em dados.

4. Capacitar porta-vozes do setor com materiais padronizados sobre os benefícios do cooperativismo.

5. Fortalecer a campanha SomosCoop para divulgação do cooperativismo e seus benefícios nos principais canais de comunicação com mídias on-line e off-line.

6. Incentivar a intercooperação na comunicação do cooperativismo, de maneira unificada e integrada para valorização do setor.

7. Investir nas áreas de marketing e de gestão de marca (branding) nas cooperativas, seja com um profissional dedicado a esse tema em cada cooperativa ou com a contratação de parceiros especializados.

8. Mapear continuamente tendências em comunicação para aprimorar as estratégias de divulgação do cooperativismo.

Cultura Cooperativista

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS PRIORITÁRIAS

1. Difundir o cooperativismo na educação formal brasileira em todos os níveis (do ensino básico ao técnico e superior), por meio de parcerias com a escolas, universidades e órgãos educacionais.

2. Promover a formação das lideranças cooperativistas para fortalecer o seu papel como promotoras e multiplicadoras da cultura cooperativista dentro de suas organizações e no movimento.


Demais Diretrizes

1. Adotar uma linguagem inclusiva e acessível para alcançar todas as cooperativas e ramos do cooperativismo, visando integrar todos os setores da comunidade cooperativista.

2. Criar indicadores de acompanhamento das ações de cultura cooperativista.

3. Desenvolver e implementar estratégias de experiência do cooperado, visando otimizar a sua jornada e promover experiências positivas e satisfatórias ao longo de seu relacionamento com a cooperativa.

4. Desenvolver uma diretriz nacional de educação cooperativista.

5. Disseminar a cultura cooperativista entre os cooperados e colaboradores, promovendo a absorção dos princípios e valores do movimento de maneira a fortalecer continuamente a identidade cooperativista.

6. Implementar sistemas eficazes de comunicação interna nas cooperativas, para garantir que os cooperados e colaboradores estejam bem-informados e conectados.

7. Promover a educação continuada dos membros do movimento, incluindo a ampliação dos cursos do CapacitaCoop e a criação de uma trilha presencial para trabalhar os princípios cooperativistas.

8. Promover a melhoria da comunicação interna (endomarketing) nas cooperativas, incluindo o desenvolvimento de uma política de comunicação construtiva, visando fortalecer a absorção da cultura cooperativista.

ESG Ambiental

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS PRIORITÁRIAS

1. Comunicar à sociedade brasileira e internacional os impactos positivos das ações ambientais realizadas pelas cooperativas.

2. Promover educação ambiental dos cooperados e colaboradores para conscientizar e orientar as práticas das cooperativas.


Demais Diretrizes

1. Ampliar a intercooperação com cooperativas de reciclagem na gestão de resíduos sólidos.

2. Ampliar a intercooperação para ampliação das práticas sustentáveis e de compensação ambiental.

3. Atuar junto ao Governo Federal na implementação do Programa Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais.

4. Atuar junto ao Governo Federal para total implementação do Cadastro Ambiental Rural no país.

5. Estabelecer práticas de produção sustentável e inovadoras nas cooperativas, priorizando a adoção de métodos e tecnologias que minimizem o impacto ambiental.

6. Fomentar a participação das cooperativas no mercado de carbono.

7. Instituir gestão adequada de resíduos sólidos nas cooperativas, proporcionando redução, reutilização, reciclagem e disposição final ambientalmente adequada.

8. Promover a conscientização na comunidade acerca da coleta de resíduos sólidos e da redução do consumo em geral, com o intuito de fomentar a consciência ambiental, diminuir a geração de resíduos e incentivar práticas sustentáveis.


ESG Gestão

Aprimorar as qualificações das lideranças e cooperados em gestão, fortalecendo as habilidades e conhecimentos para promoção de uma gestão eficaz, estratégica e orientada para resultados.

Promover programas de incentivo para uma maior participação de jovens e mulheres na gestão da cooperativa.


Demais Diretrizes

1. Ampliar a divulgação e o uso da plataforma EAD do Sistema OCB, a CapacitaCoop, para todos os cooperados e colaboradores.

2. Ampliar a participação das cooperativas no programa de Governança e Gestão do Sistema OCB (PDGC).

3. Ampliar o uso de tecnologias, ferramentas e inteligência artificial nos processos de gestão das cooperativas, inclusive de forma intercooperativa.

4. Ampliar programas de formação e capacitação para jovens e mulheres no cooperativismo.

5. Aperfeiçoar a gestão de riscos das cooperativas, fortalecendo a identificação, avaliação e mitigação de potenciais ameaças.

6. Capacitar os cooperados em educação financeira e gestão de negócios, para que possam tomar decisões mais assertivas e contribuir para a prosperidade e o desenvolvimento sustentável da cooperativa.

7. Instituir uma gestão baseada em dados nas cooperativas, promovendo a utilização de informações concretas e análises precisas para embasar decisões estratégicas, otimizar processos e impulsionar o crescimento sustentável.

8. Intensificar a formação e capacitação em gestão cooperativista das lideranças, com foco em planejamento estratégico, práticas ESG e cultura de resultados.


ESG Governança

1. Capacitar os dirigentes a fim de garantir uma cultura de tomada de decisão baseada em dados.

2. Promover a sucessão nas cooperativas, com diretrizes claras e aplicáveis, de forma a garantir a perenidade e a sustentabilidade dos negócios.


Demais Diretrizes

1. Aprimorar a governança nas cooperativas de segmentos não regulados.

2. Aumentar o engajamento dos cooperados com a cooperativa e o alinhamento de propósito e interesses mútuos.

3. Definir processos e metas para ampliar a participação ativa de jovens e mulheres nos órgãos de governança das cooperativas.

4. Desenvolver política de ESG para o cooperativismo, alinhada às particularidades do movimento, com compromissos públicos e sistêmicos e indicadores de gestão e negócios.

5. Estimular a participação ativa dos cooperados nas decisões estratégicas da cooperativa, fortalecendo a transparência e a cultura da democracia e cooperação.

6. Incentivar a governança dual e a profissionalização da gestão em todos os ramos.

7. Promover a formação dos integrantes dos órgãos de governança para incluir questões ESG no planejamento estratégico e operações da cooperativa.

8. Promover a formação, o aprimoramento das competências de governança e a certificação dos conselheiros, com ênfase no direcionamento estratégico.


ESG Social

1. Investir no desenvolvimento profissional e educacional dos cooperados e colaboradores, oferecendo oportunidades de aprendizado contínuo, programa de capacitação e incentivos para o aprimoramento de habilidades visando promover o crescimento pessoal e profissional de todos.

2. Realizar estudos que demonstrem os benefícios e impactos positivos da presença das cooperativas no desenvolvimento social das comunidades onde estão inseridas.


Demais Diretrizes

1. Ampliar a inclusão das ações sociais das cooperativas no cadastro disponibilizado pelo Sistema OCB, a fim de comunicar à sociedade brasileira e internacional os impactos positivos gerados.

2. Apoiar ações de prevenção e combate ao assédio e à violência contra as mulheres.

3. Capacitar as lideranças cooperativistas sobre a importância da implementação de ações de diversidade, inclusão e equidade.

4. Desenvolver metodologia de criação de projetos de responsabilidade social, para serem customizados e implantados por qualquer cooperativa.

5. Fortalecer e ampliar os comitês de jovens e mulheres dentro das cooperativas, promovendo e estimulando sua contribuição significativa e envolvimento ativo.

6. Investir no bem-estar integral dos cooperados e colaboradores, considerando programas de saúde física, mental e emocional, juntamente com medidas de segurança no ambiente de trabalho.

7. Posicionar o cooperativismo como um exemplo de promoção dos princípios sociais da agenda ESG nas comunidades.

8. Priorizar o reinvestimento das sobras na própria comunidade onde a cooperativa está inserida.

Inovação

1. Promover a prática da intercooperação como ferramenta para potencializar a inovação e reduzir custos com tecnologias nas cooperativas.

2. Promover uma maior disseminação das soluções em inovação e tecnologia disponibilizadas pelo Sistema OCB para as cooperativas.


Demais Diretrizes

1. Ampliar a atuação do comitê nacional de inovação do Sistema OCB, com representantes de cooperativas de diferentes ramos e estados.

2. Ampliar o acesso a recursos financeiros para inovação e incentivar a captação de recursos por fontes de fomento e financiamento públicas e privadas.

3. Criar um centro de inteligência e inovação nacional cooperativista do Sistema OCB e estimular as OCEs a criar espaços estaduais de inovação, em parceria com institutos de pesquisa e startups.

4. Estimular a constituição de cooperativas de base tecnológica e de plataforma, com modelos de negócios voltados para a transformação digital.

5. Estruturar programas e implementar a cultura e gestão da inovação nas cooperativas, promovendo um ambiente propício para o desenvolvimento e implementação de ideias criativas e soluções inovadoras que impulsionem seu crescimento e competitividade.

6. Fomentar o compartilhamento de boas práticas em inovação no cooperativismo nacional e internacional.

7. Investir em áreas de inovação nas cooperativas, seja com um profissional dedicado a esse tema ou com a contratação de parceiros especializados.

8. Promover a capacitação em inovação de lideranças, cooperados e colaboradores, visando fortalecer a mentalidade inovadora e potencializar a transformação digital.

Intercooperação

1. Ampliar a conscientização para o consumo dos produtos e serviços das cooperativas dentro do próprio sistema cooperativista.

2. Promover eventos, encontros, feiras, intercâmbios e fóruns para fortalecimento da intercooperação entre diferentes ramos e cooperativas.


Demais Diretrizes

1. Ampliar a oferta de produtos e serviços do Ramo Crédito para os demais ramos.

2. Ampliar as oportunidades conjuntas para fornecimento de serviços e produtos para o governo.

3. Estimular a intercooperação para impulsionar a inovação cooperativista.

4. Estruturar modelos de parcerias de cooperativas com outros ramos e empresas mercantis, em áreas específicas e suplementares, a exemplo da produção de insumos, comércio internacional, mercado digital etc.

5. Implementar e potencializar ferramentas tecnológicas para facilitar e promover a intercooperação entre cooperativas de todos os ramos.

6. Promover parcerias entre cooperativas de diversos ramos para a realização de ações sociais.

7. Realizar levantamento de tendências de mercado e estudos para mapear oportunidades de intercooperação.

8. Realizar pesquisa sobre os desafios legais, regulatórios, contábeis e financeiros da intercooperação e estudos sobre experiências bem-sucedidas de intercooperação.

Negócios

1. Capacitar lideranças e equipes cooperativas para desenvolver uma mentalidade orientada para as necessidades dos clientes e/ou cooperados, com foco na agregação de valor.

2. Expandir o uso de novas tecnologias e inovação, como inteligência artificial, pelas cooperativas para gerar automações, ganho de eficiência e impulsionar o crescimento dos negócios.

3. Promover a prática da intercooperação como ferramenta para potencializar os negócios das cooperativas.

4. Promover ações de educação e conscientização tanto para os cooperados quanto para as comunidades em geral, destacando os benefícios econômicos e sociais do cooperativismo como modelo de negócio rentável.


Demais Diretrizes

1. Ampliar a fidelização do cooperado, focando na sua experiência e valorização, a fim de garantir a principalidade da utilização dos produtos e serviços da cooperativa.

2. Atuar para abertura de novos mercados internacionais e ampliar a internacionalização das cooperativas, estimulando a atuação conjunta em mercados estrangeiros.

3. Capacitar as cooperativas nos métodos de análise de mercado e tendências, para apoiar a tomada de decisão e difundir informações estratégicas para potencializar sua competitividade.

4. Estabelecer parcerias estratégicas entre diferentes setores para fortalecer o crescimento dos empreendimentos cooperativistas.

5. Estimular a oferta digital de produtos e serviços das cooperativas em canais de comercialização, como e-commerce e marketplace.

6. Promover a diversificação de produtos e serviços oferecidos pelas cooperativas para reduzir a dependência de um único item, incluindo a identificação de novas oportunidades de mercado, desenvolvimento de novos produtos ou serviços complementares aos existentes.

Representação

1. Ampliar o relacionamento entre o sistema cooperativista e os três poderes, incluindo o Ministério Público e os tribunais de contas, na construção de legislações e políticas públicas de interesse do cooperativismo em âmbito estadual e nacional.

2. Atuar junto ao Governo Federal para adequar a tributação do INSS de cooperado autônomo.

3. Atuar pela defesa do ato cooperativo nas legislações, normativos tributários e decisões judiciais.

4. Fortalecimento da Lei 5.764/71, com a modernização de dispositivos que ampliem a transformação digital e as fontes de financiamento das cooperativas.

5. Reforçar fontes orçamentárias e adequar linhas de crédito oficiais para todos os segmentos de cooperativismo, garantindo a continuidade das atuais políticas de fomento ao modelo de negócio cooperativista.


Demais Diretrizes

1. Capacitar equipes do governo e implementar processos específicos para o cooperativismo em ministérios, agências reguladoras e em outros órgãos públicos, a exemplo do que já ocorre no Banco Central do Brasil e no Ministério da Agricultura e Pecuária.

2. Consolidar a obrigatoriedade do registro de cooperativas na OCB junto aos órgãos governamentais.

3. Fortalecer a estrutura de representação institucional das Organizações Estaduais do Sistema OCB, focado em rotinas de relações governamentais e na formação de equipes de excelência na defesa do cooperativismo brasileiro.

4. Fortalecer a representação da categoria econômica das cooperativas, por meio da criação de sindicatos de cooperativas por ramos em âmbito estadual ou interestadual.

5. Fortalecer o Programa de Educação Política do Sistema OCB, com a profissionalização das lideranças e colaboradores das cooperativas, para potencializar a representatividade do cooperativismo junto ao Poder Público.


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